Capítulo
17
Val correu pro quarto e se arrumou como se fosse para alguma missão.
Calça e t-shirt pretas, tênis também preto, boné
do DT preto, óculos escuros e suas crianças na bolsa. Ela
deu um beijo em todos e se dirigiu para o show. chegou lá, os seguranças
não a queriam deixar entrar
- Cara, eu vou fazer a segurança do Palco
- não tem credenciais, não entra.
- Vai ou não me deixar entrar? Ou vou
ter que mostrar a carteira de agente do FBI?
- E eu te mostro a minha carteira, sou filho
da rainha da inglaterra
Val ficou brava, esticou a mão para fora do jipe cherokee, pegou
a gola da camisa do porteiro e o puxou até a janela
- Escuta aqui, seu imbecil... você vai
me deixar entrar ou eu vou ter que ir a força? � ela disse, praticamente
o mandando se fuder
Um porshe estava atrás e começou a buzinar para entrar. Quando
viu que estava havendo problemas na frente, o motorista desceu.
- O que está havendo aqui? � ele perguntou
- Esse imbecil não quer me deixar entrar
� Val disse, sem olhar para o cara e ainda segurando o segurança.
- E a senhorita tem as credenciais??
- Não, acabaram de me ligar dizendo que
queriam que eu fizesse a segurança...
- Ah! Então você é a garota
que vai cuidar para que ninguém invada o palco. Pode soltar o segurança
� ele olhou para o segurança � ela pode entrar.
Val olhou para o segurança e mostrou a língua, assim que
ele abriu o portão, Val cantou os pneus e mandou ele a merda. Ela
estacionou ao lado de outro cherokee, que também era preto.
Ela achou que seria legal, dois cherokees, um do lado do outro. Ela desceu
do jipe, e olhou ao redor, sem tirar os óculos. Lentamente, o porshe
estacionou.
O motorista saiu e foi falar com ela. Antes que ele falasse qualquer coisa,
ela lhe disse
- onde é o palco. Quero ver se é
possível alguém passar
- Nossa, você é profissional hein?
� ele disse � qual o seu nome?
- Pode me chamar de Leigh. É meu nome
do meio. O primeiro não me é permitido falar, desculpe, Howie.
- Como você sabe o meu nome?
- Eu não vivo no mundo da Lua. Poderia
me mostrar o palco?
Howie mostrou a ela o palco. Val olhou cada milímetro, para ver
se havia possibilidade de uma fã passar. Depois de se certificar
que não haveria problema, ela foi até o backstage. Ela passou
por alguns dançarinos e viu um camarim, percebeu que era o camarim
dos BSB e uma vontade de entrar lá e vê-los pelados a invadiu,
ela deu um agargalhada, mas não o fez. Por fim, ela encontrou com
o empresário deles
- Não há possibilidade de uma fã
passar para o palco. Ela pode passar da grade, mas não vai chegar
até eles. Eu vou estar no meu carro. Um cherokee preto, qualquer
coisa, é só me chamar. Tenho que estar aqui, pelo menos 15
minutos antes de abrirem os portões.
- Ok. Sem problemas, o show só começa
em 3 horas.
- Então, eu vou dar um passeio por aí.
Aqui está o meu telefone. Me ligue.
Val saiu do local para dar umas voltas. Não foi muito longe, só
a um supermercado, para comprar chocolates. Ela adorava chocolates e sempre
comprava muitos deles. Não demorou muito e voltou ao ginásio.
O segurança virou a cara para ela, quando ela passou. Ela parou
a cherokee, logo depois do portão, desceu e deu um chocolate para
ele.
- Para fazer as pazes � ela disse
o Segurança nem agradeceu e pegou o chocolate. Val o chamou de mal
educado e entrou no carro. Andava devagar para ver o que ele ia fazer.
Ele pegou o chocolate, afoito e deu uma grande mordida. Depois começou
a cuspir tudo e se abanar. Val riu.. adorava dar chocolates de pimenta
picante...
ela estacionou o carro no mesmo lugar que antes, reclinou o banco quase
até deitá-lo , ligou o som bem alto, como ela gostava e começou
a comer chocolates. Acabou adormecendo no carro ( novidade, Val dormindo..)
.
Quando ela estava sonhando com os teletubbies ( era um pesadelo) , o celular
toca. Ela atende. Como ela pediu, o empresário a avisou que iam
abrir os portões em 25 minutos. Ela tinha 10 minutos ainda para
se dirigir até os camarins. Ela ligou para casa. Celly atendeu
- Celly, seguinte. Tô cuidando da porra
da segurança aqui.. vem pra cá agora que eu acho um lugarzinho
bom pra vocês !
Celly nem respondeu, pegou as coisas e arrastou o pessoal até lá.
Enquanto isso Val penteou o cabelo. Ela estava de boné e como ela
tinha dormido, o boné saiu do lugar e a despenteou. Penteou seus
longos cabelos e colocou novamente o boné e o óculos escuros,
de um jeito que ninguém poderia a reconhecer. Ela não gostava
que vissem seu rosto, como trabalhava com situações arriscadas,
quanto menos gente visse sua verdadeira fisionomia, melhor. Toda vez que
eles tinham um trabalho, se disfarçavam.
Ela se ajeitou e pulou do jipe. Arrumou o banco e quando se virou, sentiu
alguém se aproximando.
- Por um instante, pensei que alguém estava
roubando meu carro. Bela máquina
- Obrigado, senhor � disse ela com a cabeça
baixa
- Tímida?
- Não. Apenas tenho trabalho a fazer.
Se o senhor quiser que eu cuide de sua segurança essa noite, vai
ser necessário que eu vá para os camarins.
- Já que você vai para lá,
eu vou também. Posso acompanhá-la?
- Tudo bem, senhor
- Porque me chamas de senhor?
- Porque não sei seu nome
- Richardson, Kevin. � ela estremeceu ao ouvir
esse nome. Sentiu uma raiva muito grande � e o seu?
- Leigh. Me desculpe, senhor Richardson, mas
eu não posso acompanhá-lo. Preciso dar uma verificada antes
que abram os portões.
- Tudo bem, te vejo depois do show, então.
- Até.
Ele se afastou. Val que ficara o tempo todo com a cabeça baixa,
o que não era comum, pois ela adorava encarar as pessoas e saber
o que se passava em sua mente, se encostou no carro. Ela foi até
uma parede e deu um soco, para extravasar sua raiva. Não podia controlar
o ódio que sentia por ele.
Celly avisou que tinha chegado. Val foi até os portões e
na frente de centenas de fãs, somente deixou passar seus amigos
e os levou até a primeira fila. Depois abriram os portões,
depois de Val dar algumas ordens para que evitassem que as fãs pulassem
o cercado. Quando abriram os portões, foi uma correria.
Alguns minutos se passaram ,uma banda abriu o show deles e quando eles
entraram, mais gritaria. Val caminhava de um lado para outro, olhando a
segurança, ela estava com duas armas escondidas sob a roupa. Não
queria assustar nenhuma fã. Quando o show estava quase no fim, ela
percebeu algo de errado. Alguém se aproximava com uma bolsa colada
em seu corpo. Metade da mão estava dentro dela. Ele olhava para
os lados, para ver se alguém notava. Val não precisou de
tempo para descobrir que aquilo era uma arma.
Ela saiu empurrando todo mundo e quando o cara apontou a arma para AJ,
ela chegou na frente do cara.
- Olá benzinho... Brincando de atirar?
Ela não deixou ele falar, pegou ele pelo pescoço e o puxou
para dentro do cercado. Ele sabia lutar, mas ela também. Celly e
os outros não perceberam porque estavam do outro lado. Val gritava
que não queria que nenhum segurança se descuidasse do seu
posto.
Na luta, um tiro escapou. Howie, que estava perto, ouviu o estampido e
olhou para baixo. Os outros garotos automaticamente fizeram o mesmo e viram
Val batendo no cara. Val já o tinha dominado e estava por cima dele,
dando socos. Ela estava era descontando a raiva que ela estava sentindo.
Celly pulou o cercado, junto com Bel, foram elas que separaram Val dele.
Os seguranças não as iam deixar passar, mas elas mostraram
as credenciais do FBI.
Val ainda se debatia, querendo continuar batendo nele. Celly a segurou
por trás, a imobilizando. Somente Celly sabia como fazê-lo,
na academia, era a única que conseguia deter os impulsos de Val
e conseguia imobilizá-la.
A última música terminou e em vez deles saírem do
palco, eles estavam olhando a briga. Depois que viram que estava tudo sob
controle, Kevin disse no microfone.
- Gostaria de agradecer à Leigh que salvou
nossa vida hoje.
E ele fez um sinal de que queria falar com ela depois. Celly olhou desesperada
para ela. Val apenas chutou com força um ursinho que estava no chão.
Olhou para Celly.
Celly não entendia porque Val estava assim, tão irritada.
Sabia que a prima também queria conhecer eles, mas não sabia
o porque de tanta irritação.
Val pegou na mão de Celly chamou os outros, que a seguiram. Os BSB
tentaram chamá-la, mas ela não deu bola. Ao passar pelo empresário
ela disse.
- Já sabe pra onde mandar a grana. Tenham
uma boa noite.
Val entrou na cherokee enquanto os outros iam no carro de Brendan, um Corooner,
da Toyota. Val saiu correndo com o jipe. Brendan, tentou alcança-la.
Mas quando Val corria, ninguém conseguia alcança-la.
Val chegou no apartamento, jogou suas coisas em cima da cama e foi tomar
um banho gelado. Os outros chegaram instantes depois. Celly correu até
o banheiro onde Val estava tomando banho e bateu na porta
- O que houve?
- Nada!
- Não minta para mim, eu sei que aconteceu
algo que te irritou o que aconteceu?
- Já disse que nada � disse Val, abrindo
a porta do banheiro, de toalha. Ela foi até o armário pegar
uma roupa
- Val, o que te irritou? Foi depois que o Kevin
falou de você. Você usou nome falso.
- Celly, um dia eu te conto, ok?
Celly concordou, sabia que se Val não contara para ela era porque
era realmente algo muito importante. Ela sabia que um dia Val iria contar,
Val nunca escondia nada dela e nem de Bel, já que se tornaram as
melhores amigas.
Val colocou uma minissaia preta, de couro e uma blusa branca com rajadas
de preto, uma bota cano longo e deixou os cabelos soltos. Celly a olhou.
- Onde você vai assim?
- Na base.
- Desse jeito, Val você quer...
- Eu preciso falar com o General pessoalmente
e eu vou assim sim, ora... se os oficiais não agüentarem o
problema é deles
- Onde a Vally vai com essa roupa? � disse Kyle
que chegara no quarto nesse momento � você está tão..
gostosa
- Depois você prova desse doce � Val brincou
� vou na base
Val pegou as chaves do carro sem dizer mais nada. Todos sabiam que quando
Val teimava com algo, não havia cristo que a fizesse mudar de idéia.
Enquanto isso, no estádio, todos se perguntavam porque que a garota
tinha ido embora. Nada sabiam sobre ela, e nem o nome, pois o empresário
havia dito que ela não usaria seu verdadeiro nome. Uma atmosfera
de mistério pairava sobre eles
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